História
A Floresta da Tijuca foi reflorestada no século XIX após anos de desmatamento intenso e plantio(principalmente de café). O reflorestamento foi uma iniciativa pioneira em toda a América Latina. A pessoa responsável pelo reflorestamento, apontada pelo Imperador Pedro II em 1861, foi o Major Gomes Archer, o primeiro administrador da floresta que trabalhou inicialmente com 6 escravos e, posteriormente, com 22 trabalhadores assalariados, plantando em 13 anos 100 mil mudas. O replantio foi feito com espécies, em sua maioria, nativas do Ecossistema da Mata Atlântica.
O segundo administrador, Barão Gastão d'Escragnolle continuou o replantio de 1874 a 1888. Além de introduzir mais 30 mil mudas, realizou um trabalho de transformação da floresta em área de lazer, um parque para uso público, inserindo espécies exóticas, criando pontes, fontes, lagos e locais de lazer com auxílio do paisagista francês Augusto Glaziou.
Ainda no século XIX, o pintor Nicolas Antoine Taunay morador e proprietário de terras na floresta, retratou suas belezas naturais que constituem documentos históricos da cidade do Rio de Janeiro. O pintor recebia seus amigos e membros da corte em sua casa, tornando assim as belezas da floresta conhecidas de brasileiros e estrangeiros que vinham visitá-lo.
No século XX, Raymundo Ottoni de Castro Maya, administrou a floresta de 1943 a 1946, fez ressurgir o parque, que havia ficado esquecido durante os primeiros anos da República. Em parceria com o arquiteto Vladimir Alves de Souza e com o paisagista Roberto Burle Marx, Castro Maia recuperou a floresta recebendo 1 cruzeiro por ano(simbólico) como pagamento por sua administração.
No plano da recuperação da floresta foram introduzidas obras de arte, edificações e recantos. Foram também implantados serviços e sanitários. Foram abertos restaurantes Os Esquilos e Floresta (utilizando instalações das antigas fazendas de café - o restaurante Floresta foi aberto na antiga senzala de uma fazenda). A Sociedade Hípica Brasileira foi instalada na antiga casa do Barão do Bom Retiro. Vários fazendeiros e proprietários de terras - como o Conde Gestas, o Barão de Mesquita, O Conselheiro Mayrink, Guilherme Midosi, o Visconde Asseca, além dos já citados anteriormente, e profissionais como Job de Alcântara e Luiz Fernandes, os escravos Eleuthério, Pai Ricardo e Pai Antonio e outros frequentadores ilustres, deixaram seus nomes na história do Parque, em morros, estradas, caminhos, grutas, recantos, cachoeiras etc.
A floresta se tornou então esse cenário privilegiado no qual a natureza e cultura se entrelaçam, se harmonizam e se complementam.
Endereço: Praça Afonso Viseu, Alto da Boa Vista - Tijuca
Nenhum comentário:
Postar um comentário